Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo - Caminho Nascente
Turismo do Alentejo, ERT
Percorrer os Caminhos é reviver a história nas marcas que o passar do tempo não foi capaz de apagar, é transformar o viajante no espetador de uma narrativa que se conta no património material e imaterial, nas terras, vilas e curiosidades, na gastronomia, nas gentes e nos seus costumes, os que já foram e os que continuam a ser e, ao mesmo tempo, no participante da mesma, incapaz de resistir aos encantos que vai desvendando.
Conhecer os Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo é, mais do que uma viagem, uma experiência que marca, que fica, que se guarda. E que se quer repetir.
Pouco depois do seu início, o Caminho Nascente tem paragem em Mértola, onde a visita ao castelo é quase obrigatória. Assente em estruturas muito antigas, foi edificado já em época cristã, tendo a sua torre de menagem sido construída em 1292 por ordem de Dom João Fernandes, Mestre da Ordem de Santiago. Nele é possível encontrar um núcleo museológico, sendo um local privilegiado para observação da vila e do território envolvente.
Mais à frente, Beja revela-se um local privilegiado para a observação da natureza, sobretudo de aves, por serem as áreas do concelho e zonas limítrofes do local de "peregrinação" de duas centenas de espécies. A possibilidade de fazer observação de aves é bem real, com espécies como a águia-pesqueira, o rouxinol-do-mato ou o cortiçol-de-barriga-negra a brindarem os mais atentos com a sua presença. Uma cor e brilho que, no exterior e interior, Beja oferece através dos seus painéis de azulejos, cenário de cinco séculos de história azulejar que, também eles, contam a história da cidade.
Uma homenagem à arte de trabalhar o barro encontra o visitante em Évora, em forma de um verdadeiro povoado, que conquistou o nome de Aldeia da Terra e o cognome de a mais caricata de Portugal. Trata-se de uma banda desenhada a três dimensões, sensível, irreverente e cheia de bom humor. De visita obrigatória é a Igreja de São Tiago, reconstruída no século xvii mas que mantém vestígios da época manuelina, como as ameias na ala sul do espaço. Com uma só nave, a abóbada surge revestida de magníficas pinturas a fresco, com elementos decorativos sagrados e profanos.
Évora tem muito para oferecer ao visitante. Como a Praça do Giraldo, assim batizada em homenagem a Geraldo Geraldes, conhecido como o Sem Pavor, a que se atribui a reconquista de Évora aos mouros em 1165.
Conhecida como a “cidade branca do Alentejo”, Estremoz tem também a sua Igreja de Santiago, um edifício seiscentista que se sabe existir desde o reinado de D. Afonso III (1245- 1279). Com a sua torre sineira, a empena triangular de mármore com cruz, o janelão do século xviii e, sobre a porta, a cruz da Ordem de Avis. O castelo medieval, no centro da vila, destaca-se com a sua torre de menagem, com 27 metros de altura, uma das mais bem conservadas do país. Um espaço que foi, em 1336, o último pouso da Rainha Santa Isabel, que ali morreu, nos seus aposentos.
No Crato, o Mosteiro de Flor da Rosa destaca- se como um dos mais originais e intrigantes edifícios do gótico no país, hoje espaço de uma pousada. Datado de 1356, trata-se de um monumento composto por três edificações distintas: a igreja-fortaleza de estilo gótico, um paço-acastelado gótico e as dependências conventuais. Mas o Crato, cujo passado foi marcado pela presença dos pastores megalíticos e dos seus hábitos e cultura, guarda vestígios de outras histórias, em forma de antas. De resto, só neste município estão inventariadas mais de 70, com destaque para a Anta do Tapadão e a Anta do Crato, consideradas monumentos nacionais.
A chegar ao fim do Caminho Nascente, há ainda tempo para visitar Nisa, com o seu pelourinho, datado do século xvii, que chega aos dias de hoje sem grandes transformações; a Ermida de Nossa Senhora da Graça, famosa pela sua romaria, que se realiza todos os anos por altura da Páscoa, ou para conhecer as tradicionais peças de barro vermelho, cantarinhas e bilhas decoradas com pequenas pedras brancas com motivos florais.
Tipos de caminhos
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Todos os utilizadores dos Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo devem ter presente o seguinte código de conduta.
- Não saia do percurso marcado e sinalizado.
- Não se aproxime de precipícios.
- Preste atenção às marcações.
- Não deite lixo orgânico ou inorgânico durante o percurso, leve um saco para esse efeito. Se vir lixo, recolha-o, ajude-nos a manter os Caminhos limpos.
- Cuidado com o gado, não incomode os animais.
- Deixe a Natureza intacta. Não recolha plantas, animais ou rochas.
- Evite fazer ruído.
- Respeite a propriedade privada, feche portões e cancelas.
- Não faça lume e tenha cuidado com os cigarros.
- Não vandalize a sinalização dos Caminhos.
Em zona de percurso urbano, as marcas de sinalética são de uso exclusivo a pedestres. Outros meios, como a bicicleta, deverão respeitar a sinalização de trânsito.
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- 19 Etapas
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